sexta-feira, 20 de junho de 2008


Não quero me esquecer como é sentir saudade.
É que, depois de um tempo, você aprende que esquecer pessoas é besteira. Mesmo aquelas pelas quais sentimos um ódio terrível e, principalmente, aquelas que gostamos - demais ou de menos.

Baseando-me em concepções totalmente subjetivas e em acontecimentos reais, ouso afirmar que o esquecimento é voluntário e a saudade, conseqüentemente, é um sentimento idiossincrático e absolutamente invasor... se é bem-vinda ou não, aí vai de pessoa pra pessoa, de ocasião pra ocasião, de coração pra coração.
Você está aqui e eu sinto sua falta mesmo assim. Mas, se você continua aqui, por que antecipo minhas saudades do dia em que você partir?(...)


- Sabe o que eu queria mesmo? Deixar de gostar de todas as pessoas!
- Deixar de gostar de todas as pessoas?!
- É.
- Mas por quê!?
- É que aí não ia sentir saudade de ninguém!...
- Talvez só de você mesmo...

Pode até soar clichê. Tô com saudade.




Texto antigo e feito porque alguém especial me pediu! ^^ E eu to com saudade dela. Muita mesmo. ;)

-Por: Thá.

sábado, 7 de junho de 2008

Nós, a internet e a hipocrisia.


É até engraçado a maneira como as pessoas buscam relacionamentos hoje em dia, assim como o modo como estão fazendo. Será que o mundo real ficou tão insuportável que se tornou, talvez, indispensável começar a viver num mundo de fantasias virtuais? Se estamos na época do "eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também", onde ficou a profundidade disso tudo? Relacionamentos de verdade não se tornam reais enquanto não transcendem o virtual e vemos que temos algo em comum com alguém ou que sentimos falta de outrém.
Então, o que é há de verdade nesse mundo de relações computadorizadas? Parece até que há um encanto especial em conhecer pessoas sem conhecê-las de fato. E há. Talvez a magia esteja em poder se mostrar ao outro não do jeito que se é, mas como gostaria de ser. Pela internet, é possível ser bonito, desinibido, engraçado, conquistador ou qualquer outra coisa que se queira; tudo isso com um risco mínimo.
Pode até parecer banal, mas existe uma diferença entre você sentar com alguém para conversar e sentar-se em uma cadeira e digitar. Diferenças por vezes gritantes, que às vezes incomodam. Na realidade, o que mais me chama a atenção é ver a franqueza e a transparência com que as pessoas, através de mensagens trocadas virtualmente, sem aquele olho no olho, sem aquela conversa cara a cara, abrem seus corações e falam o que estão pensando, vivendo e sentindo. Seria isso um grito de desespero ou um grito por alguém que ouça (ou leia)?
E pensar no que se perde entre uma conversa num chat e uma conversa cara a cara... é um grande problema. Onde ficam os trejeitos, a entonação da voz, a linguagem corporal? A voz é áspera, rouca ou delicada? Se já é difícil entender o que as pessoas dizem, imagina como essa dificuldade cresce comparada ao que a pessoa digita. As palavras são frias, sem sentido - o que dá sentido a elas é o modo como são ditas, expressadas, teatradas.
Ou será que você já ouviu falar em "amor à primeira teclada"?




Clichê, mas eu não tinha o que escrever. Meu estoque de idéias está se esgotando. É bastante antigo, provavelmente algumas pessoas já o tenham lido anteriormente... eu sei que faz muito sentido, principalmente pra mim.



-Por: Thaís.